Moradores do Jardim Pantanal receberam com um protesto o vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), durante uma agenda dele no bairro nesta segunda-feira (3).
Ruas no local, que fica na zona leste, estão alagadas há três dias, em meio às chuvas na cidade de São Paulo, que já chegaram a 65% do volume previsto para o mês de fevereiro. Mello Araújo tem ido ao bairro para acompanhar o atendimento aos atingidos pelo alagamento.
Procurado, o vice-prefeito negou que tenha havido um protesto. Ele disse que estava conversando com a população e que quando a imprensa chegou, começou uma gritaria. “Mas nada relacionado a isso.” Segundo ele, um grupo de pessoas foi levado para uma escola para poder continuar o atendimento.
A prefeitura tem debatido a remoção das famílias do bairro como solução para os impactos do alagamento, algo que não seria difícil, de acordo com o vice, já que muitas pessoas são locatárias.
Localizado em uma área de várzea, o Jardim Pantanal é recorrentemente atingido por alagamentos. No sábado (1º), a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que monitora os rios da cidade, afirmou não haver registros de extravasamento nas estruturas sob cuidados do estado após as chuvas da madrugada.
O problema, segundo a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), teria surgido por falhas na drenagem das pistas da marginal, de responsabilidade da prefeitura.
A prefeitura, por sua vez, defendeu a manutenção do sistema de drenagem. Nunes afirmou ter investido R$ 7,8 bilhões em drenagem, canalização de córrego, contenção de encostos, drenagem e piscinões na cidade.
Nas redes sociais, o ex-vereador pelo PT Adriano Santos defendeu que o governo aumentasse a vazão da barragem da Penha para acelerar o escoamento de água no Jardim Pantanal e em outros bairros que ainda sofrem com alagamentos, como Ermelino Matarazzo.
Já de acordo com um vídeo da SP Águas, agência de águas do governo estadual, que substituiu o antigo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), a operação da barragem não afeta bairros como Jardim Pantanal e São Miguel e municípios como Itaquaquecetuba, Poá e Suzano.