Av. Paulista: governo diz que precisa coibir excessos – 10/02/2025 – Cotidiano

Após reclamações de artistas de rua de que foram impedidos de se apresentar aos domingos na avenida Paulista, em São Paulo, sob risco de terem seus equipamentos confiscados, a gestão Ricardo Nunes (MDB) disse que não há proibição e que seu foco é organizar esses eventos.

“O que nós precisamos coibir é o excesso. Pode vir, pode tocar, pode trazer sua caixinha de som, desde que sejam ativações pequenas”, afirmou o subprefeito da Sé, coronel Álvaro Camilo, em entrevista à TV Globo, nesta segunda-feira (10).

“Organização, é isso que precisamos na Paulista. É isso que o público quer, que a Paulista fique aberta para todo mundo, sem distinção. Precisamos ter a Paulista aberta para que as pessoas possam andar de patins, andar de skate, andar de bicicleta, ou seja, ela é dos artistas, mas ela é de todo mundo. E, principalmente, que o som não seja tão alto que incomode os moradores, nós temos condomínios aqui na Paulista”, ressaltou.

Na tarde desta segunda (10), um grupo de trabalho formado pela prefeitura, representantes da associação de bairro e músicos de rua se reúne para definir regras para as apresentações dos artistas na avenida.

Os integrantes da banda de rock Picanha de Chernobill dizem ter sido proibidos de tocar na avenida Paulista, no domingo (2) —dia em que a via é fechada para carros e recebe programações culturais e outras atividades.

O grupo se preparava para tocar quando foi impedido pela Polícia Militar, segundo o guitarrista, Chico Rigo. Esta teria sido a segunda vez que eles foram proibidos de se apresentar em uma via pública. A banda diz não saber o motivo do impedimento.

Em nota, a subprefeitura da Sé afirmou que “são autorizadas apresentações de artistas de rua sem estruturas de palco por coberturas e apenas com instrumentos e som acústico. Shows que contam com palco, geradores e amplificadores são caracterizados como ‘evento’ e necessitam de licença”.

Rigo nega que o grupo tenha descumprido as normas estabelecidas pela prefeitura. Ele diz que as regras municipais não proíbem o uso de amplificadores.

“A gente tem a lei do artista de rua da cidade de São Paulo”, disse a Folha. “Saiu uma nova portaria em novembro do ano passado, e estamos de acordo com a lei, porque somos artistas de rua. Não é um show nem um evento.”

“Tudo que está na lei a gente cumpre há 11 anos. Não é algo novo para nós. Só que pela primeira vez na Paulista aos domingos, a banda foi proibida de tocar, mas não apenas nós, como todos que se apresentam e vivem disso”, acrescentou.

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