Como escolher o melhor vaso para a sua planta – 15/02/2025 – Tudo + um pouco

Acertar na escolha do vaso é fundamental para o bom desenvolvimento da planta. Para isso, veja as dicas do engenheiro agrônomo Gaspar Yamasaki, que comanda o canal Cultivando no YouTube.

É preciso trocar a planta de vaso logo após a compra?

Na maioria das vezes, não. Mas a troca provavelmente será necessária depois de alguns meses. Vale observar se o vaso está pequeno para a planta. Um sinal disso é quando há raízes saindo pelos furos do fundo. Ou quando você puxa a planta e não vê praticamente o substrato, só um bolo de raízes.

Qual o critério mais importante na hora de escolher?

O mais importante é que ele tenha furos no fundo. Um erro comum é confundir vaso com cachepô, que é um produto decorativo e serve como um porta-vaso (do francês, “cache” significa esconder e “pot”, vaso).

Em geral, os cachepôs não têm furos. Então, deve-se evitar plantar diretamente nesse tipo de recipiente, porque há um grande risco de que a água fique empoçada e cause o apodrecimento das raízes.

Precisa ter pratinho?

Não. A única função do pratinho é proteger o piso ou o móvel.

A água nunca deve ficar acumulada ali. Quando isso acontece é sinal de que a terra está completamente encharcada. Aí, é melhor jogar o excesso fora ou secar com um pano. Também é preciso ter esse mesmo cuidado se você optar por colocar o vaso dentro de um cachepô.

Além de não ser bom para a planta, deixar a água empoçada é um risco para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue.

Qual é o melhor material?

Isso pode depender de alguns fatores: por exemplo, o tipo de planta, a sua atenção à rega e a umidade do ar na sua região. Para fazer a melhor escolha, veja as características dos dois principais materiais:

Barro

É poroso e, com isso, a água evapora mais rápido. É uma boa escolha para plantas que gostam do solo seco, caso dos cactos. Mas, se você mora em um lugar quente e seco e optou por uma planta que exige mais umidade no substrato, como marantas e samambaias, vai ter que se preocupar muito mais com a frequência da rega. Também é um material que quebra com maior facilidade.

Plástico

Entre algumas vantagens, é leve, barato, versátil e retém a água por mais tempo. Assim, em geral, será necessário regar a planta com uma frequência menor em relação ao vaso de barro. Uma desvantagem é que é menos sustentável.

Há ainda outras opções, como o cimento (que, em relação à porosidade, é um intermediário) e a cerâmica esmaltada (que se parece mais com o plástico nesse aspecto).

Qual tamanho deve ter?

No caso de uma troca de vaso, o novo deve ser um pouco maior do que o antigo. O ideal é que o antigo caiba dentro do novo e ainda sobre mais ou menos dois dedos no seu entorno.

Não é indicado escolher um muito maior, porque as raízes podem não chegar a algumas partes dele, deixando o solo mais úmido nesses lugares e, assim, aumentando o risco de proliferação de fungos e bactérias.

Além disso, a maioria das plantas não costuma se desenvolver tão bem em um vaso grande demais. “As orquídeas, por exemplo, podem simplesmente não florescer. A planta fica só preocupada em soltar mais raízes e folhas. Aí, quando ocupa o espaço inteiro, fica cheio de raízes, ela pensa em florescer.”

Se você for plantar sementes, o tamanho do vaso vai depender do tipo de planta. Se for uma hortaliça de crescimento rápido, vale optar por um maior, considerando o tamanho final da planta. Mas, se for uma muda de folhagem ou flor, que vai crescer mais devagar, é melhor primeiro plantar em um vaso pequeno, para depois transferi-la para um maior.

Vaso autoirrigável vale a pena?

Pode ser uma alternativa para quem viaja muito ou não se lembra de regar as plantas. O modelo funciona por capilaridade. Então, ele conta com um reservatório de água que é conectado à terra por meio de uma “cordinha”. Conforme o solo vai secando, vai puxando mais água desse recipiente.

Mas Gaspar conta que, na sua experiência, o vaso autorrigável acabou encharcando demais a terra. “No começo, as plantas que gostam de bastante água, como as marantas e as samambaias, ficaram bonitas. Mas, como o tempo, quase todas apodreceram.”


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