Ambulantes presentes no bloco Forrozin, com a cantora Mariana Aydar, reclamaram da falta de público na folia, que ocorreu neste sábado (22), nos arredores do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Vendedores frequentes nos carnavais de São Paulo e que atuam em blocos na região afirmam que o local está vazio, se comparado a anos anteriores. Chegam até a dizer que são mais ambulantes do que foliões.
Beatriz Nunes, 27, trabalha como vendedora em carnaval desde 2018 se surpreendeu com o movimento fraco. Já Anderson Coelho, 43, que atua em blocos há cerca de 15 anos diz que ainda está no começo, e que ainda é cedo para dizer se o público seguirá pouco nas próximas horas –e dias.
Ele relembra blocos como o da Anitta e da Pablo Vittar, que, segundo o comerciante, deixaram o complexo do Ibirapuera “intransitável”.
É a primeira vez que o bloco comandado por Marina Aydar desfila no Ibirapuera, o que poderia justificar a queda no público. No ano passado, o cortejo ocorreu no centro da cidade.
A esperança dos vendedores é que o público aumente até o final do dia, visto que haverá ainda show de Alceu Valença.
Marcela Cordulino, 42, vice-diretora de uma instituição de ensino, e Alex Caires, 44, técnico de telecomunicações, vêm há dois anos no parque acompanhar os blocos. Eles acharam o público de Mariana Aydar “animado e democrático” e estão com grandes expectativas para ver Alceu Valença. Ambos são fãs de músicas nordestinas.
Já o casal de aposentados Cristina Siqueira, 62, e Junior Siqueira, 58, foram ao local acompanhar o trio Bicho Maluco Beleza. Apesar do calor, só se preocupavam com um possível temporal, mas tiveram o guarda-chuva retido na revista.
O local, fechado para carros, conta com guardas na entrada e na saída, e impede o ingresso do público com itens como sombrinhas, sprays, aerossois e objetos cortantes, entre outros.
Banheiros químicos sinalizados por gênero estão espalhados pelo local, além de pontos de distribuição de água para os foliões.