Os trabalhadores da CET (Companha de Engenharia de Tráfego) de São Paulo aprovaram entrar em greve na sexta-feira (28), de acordo com o sindicato da categoria.
A prefeitura e a CET foram questionadas, mas não responderam até a publicação deste texto.
A greve foi aprovada em assembleia realizada na noite de segunda-feira (24), na Câmara Municipal.
“Nenhuma decisão é tomada sem a categoria. É sempre em assembleia que decidimos juntos os rumos da nossa luta. É importante frisar que todos os ritos foram cumpridos, legitimando todo o processo de greve das trabalhadoras e trabalhadores”, afirmou Reno Ale, presidente do Sindviários (Sindicato dos Trabalhadores no Sistema de Operação, Sinalização, Fiscalização Manutenção e Planejamento Viário e Urbano do Estado de São Paulo)
Ele afirmou que a data-base de reajuste salarial da categoria foi em 1º de maio de 2024. O reajuste reivindicado era de 3,69% nos salários e benefício, mas desde então não houve acordo.
Em janeiro deste ano, o sindicato afirmou que pediu mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
“O desembargador aceitou a instauração pré-processual, ouviu as partes e perguntou se aceitávamos que ele fizesse uma proposta de conciliação. O sindicato prontamente aceitou. Ele ofereceu 3,23% de reajuste e manutenção do acordo coletivo por dois anos, mas a prefeitura não liberou a direção da empresa para aceitar e disse que o limite era 2,77% e manutenção do acordo coletivo por um ano”, afirmou Ale.
Ale disse que a gestão municipal tem até esta quinta-feira (27) para responder a proposta do TRT-2.
“Chamamos a assembleia e aprovamos a greve. Se a resposta for negativa, a gente paralisa. A prefeitura simplesmente não vem considerando a mão de obra como prioridade para a cidade. Nossa paralisação é porque a data-base já está muito atrasada e o processo só é acelerado com greve”, afirmou.