Advogado, defendeu os trabalhadores e o sindicalismo – 06/03/2025 – Cotidiano

Formado pela FDC (Faculdade de Direito de Curitiba), em 1976, Iraci da Silva Borges dedicou a vida profissional à causa trabalhista, especialmente ao direito sindical e do trabalho coletivo.

O advogado atuou em grandes entidades de classe no Paraná, como as federações dos Trabalhadores nas Indústrias e dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos, além do Sindicatos dos Trabalhadores, entre outras.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba destacou sua atuação na entidade por quatro décadas, citando Iraci como uma das maiores referências do direito trabalhista no Brasil, com enorme capacidade de argumentação, negociação e articulação política.

“Estrategista nato, ajudou trabalhadores a alcançar conquistas decisivas em centenas de mobilizações, greves e acordos históricos. Foi um pilar do sindicalismo brasileiro, um amigo fiel da classe trabalhadora”, diz o sindicato.

Iraci Ingressou na maçonaria em 1989, assumindo diversos cargos e chegando a inspetor-geral da ordem, grau 33.

A Grande Loja do Paraná, na qual ele era o past grão-mestre, o definiu como uma das lideranças mais influentes da maçonaria brasileira, ocupando cargos importantes também no exterior. “Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a fraternidade, a ética e o desenvolvimento da maçonaria no país.”

O amigo Paulo Pedron recorda que, para Iraci, a luta pelos direitos trabalhistas não era só resistência, mas transformação social. Ele acreditava que a classe trabalhadora não pode apenas sobreviver, mas viver com dignidade, reconhecimento e direito de decidir.

“Um guerreiro incansável, um estrategista atento e um companheiro leal”, diz Pedron, lembrando que a habilidade de dialogar, construir pontes e buscar soluções fazia de Iraci uma liderança respeitada por todos, até por adversários. “Deixou um exemplo de luta comprometida, de resistência e de esperança.”

Em casa, era amigo, protetor e conselheiro, deixando cada um seguir seu caminho. Calmo e brincalhão, adorava contar piadas, jogar vídeo game, ver jornais, viajar e tocar piano, que aprendeu sozinho.

Também adorava cachorros e era voluntário na proteção animal. “Foi honesto, leal, correto em tudo que fazia. Um homem de palavra. Foi um gigante. Nossa luz”, resume a esposa, Bernadete Borges.

Além da esposa, Iraci deixa cinco filhos e seis netos. Ele morreu em 20 de fevereiro, de câncer, aos 72 anos.

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