O prefeito Ricardo Nunes (MDB) reiterou nesta segunda-feira (10) descartar qualquer mudança nos horários do Carnaval de rua na capital. Neste ano, a programação ocorreu durante onda de calor extremo e as principais atrações se concentraram no início da tarde, horário mais quente do dia.
Segundo o prefeito, qualquer alteração afetaria a efetividade das equipes de saúde, segurança, limpeza e de engenharia de trânsito, organizadas de acordo com a dimensão do Carnaval de rua paulistano. Neste ano, segundo a gestão municipal, o público foi de 16,5 milhões de pessoas.
“O nível de atenção de todo mundo é muito grande porque se der alguma coisa errada, a gente vai ser responsabilizado por isso”, disse o prefeito. “A gente não tem problema com relação a mudar o horário. A única questão é o seguinte, como mobilizar toda uma infraestrutura?”
Nos oito dias de desfiles de blocos, a gestão Nunes afirmou ter distribuído 1,8 milhão de copos de água, e caminhões pipa foram usados para molhas os foliões e reduzir a sensação térmica. Para Gustavo Pires, presidente da SPTuris, responsável pela primeira vez neste ano pela gestão do Carnaval de rua, a administração foi capaz de lidar com o calor extremo. “A gente conseguiu ter muita efetividade na questão das altas temperaturas.”
Pires também afirmou que os oito dias de desfiles de blocos movimentaram R$ 3,4 bilhões. Segundo o prefeito, a previsão é de que a cidade “entre no Guinness [livro dos recordes]” com o maior valor de patrocínio em 2026. Neste ano, a empresa Ambev venceu a concorrência e pagou R$ 27,8 milhões para o município e, em troca, obteve a exclusividade da venda de bebidas pelos ambulantes. “A gente deve aumentar aqui o contrato do patrocínio com esse sucesso que foi o carnaval”, disse Nunes.
Números do Carnaval de SP
- 4.015 atendimentos de saúde realizados
- 5.350 agentes da GCM
- 7.300 policiais militares por dia
- 645 mil toneladas de lixo recolhidas
- 140 mil toneladas foram encaminhadas para reciclagem
- 147 km de vias destinadas aos percursos dos blocos
- 1.300 agentes de trânsito da CET
- 223 mil pessoas no Sambódromo do Anhembi
- 6.100 táxis no Sambódromo