A abordagem de guardas-civis metropolitanos a um homem que estaria consumindo drogas no entorno de uma escola municipal na quarta-feira (5) resultou em agressões, dano ao patrimônio público e o furto de um cassetete no Jardim Peri, na zona norte de São Paulo.
rua Francisco Arcuri, no Jardim Peri, zona norte de São Paulo.
A equipe da GCM, composta por dois homens e uma mulher, passava pela via quando viram um homem fumando. Ao ser parado, ele teria descartado o cigarro, que não foi tipificado, e resistido a abordagem.
Um vídeo mostra os guardas com dificuldades para colocar o homem dentro da viatura. Testemunhas passaram a hostilizar os agentes municipais, atirando objetos contra eles e a viatura. Em certo momento o cassetete de um os GCMs cai no chão. Um homem se aproxima, pega o equipamento e sai.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), dois guardas se feriram no tumulto. O carro da GCM teve o para-brisa, o giroflex e a lanterna traseira quebrados.
O pivô da ocorrência foi levad para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Peri, onde recebeu atendimento antes de ser levado para o 72° DP (Vila Penteado). Um dos guardas-civis foi atendido na mesma unidade e liberado em seguida.
Um Termo Circunstanciado de Ocorrência, documento registrado em casos de menor gravidade, foi elaborado por desobediência, dano ao patrimônio público e resistência.
O homem foi liberado e o caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana confirmou o ocorrido nas proximidades do Centro de Educação Infantil Francisco Arcuri. De acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB), após a chegada de reforço, a situação foi controlada. O cassetete furtado foi recuperado.
A confusão ocorreu em um momento em que o prefeito pleiteia a mudança de nome da Guarda Civil Metropolitana, com a intenção de chamá-la de Polícia Municipal. A mudança está em análise na Câmara Municipal.
Nunes usa como base a autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para que guardas-civis atuem como polícia.
Com a decisão, os guardas podem fazer policiamento ostensivo e comunitário e agir diante de condutas lesivas a pessoas, bens e serviços, inclusive fazer buscas pessoais e prender em flagrante. O Ministério Público fará o controle externo das atividades.