Prestes a dar a largada para o Carnaval sob altas temperaturas, a cidade de São Paulo tem pontos de concentração de blocos que podem registrar mais de 60°C.
É o que indicam imagens feitas com câmera termográfica na terça-feira (25) e na quarta-feira (26) pelo movimento As Águas Vão Rolar, organizado por um grupo de 70 blocos carnavalescos da capital paulista.
Os registros de terça foram feitos nas praças Roosevelt e da República e nas imediações do Shopping Light e do Theatro Municipal, perto da prefeitura. Na quarta, as fotografias foram tiradas no Ibirapuera, no Largo da Batata e na avenida Sumaré.
Um ponto no solo perto do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, chegou a marcar 68,2°C. Já o largo da Batata teve registro de 61,5°C. Cada imagem exibe um ponto máximo e um mínimo de temperatura. A menor indicação apareceu em uma imagem na área da escadaria do Theatro Municipal.
No fim de janeiro, o grupo de blocos enviou uma carta com recomendações à administração municipal para enfrentar o calor extremo durante o Carnaval de rua deste ano. Entre as reivindicações estavam a criação de um gabinete de crise, a distribuição gratuita de água e a flexibilidade dos horários da concentração e desfile dos blocos.
Na última quinta-feira (20), a gestão Ricardo Nunes (MDB) anunciou a distribuição de 2,2 milhões de copos de água nos três finais de semana de desfiles dos blocos de Carnaval deste ano.
Além das reivindicações, o movimento de blocos também criou uma cartilha para distribuição nos cortejos, na qual orienta os foliões a beberem água e a usarem filtro solar.
CALOR FICA ATÉ QUARTA-FEIRA DE CINZAS
De acordo com a previsão da Climatempo, os dias em solo paulista ficarão ainda mais quentes durante a folia, com temperaturas entre 5°C e 7°C acima da média climatológica.
No caso da capital paulista, essa média de março é de 28°C, o que levaria o calor para a faixa entre 33°C e 35°C em todos os dias a partir de sexta-feira (28) até a Quarta-feira de Cinzas (5).
O instituto está chamando essa fase de quinta onda de calor do ano. No entanto, oficialmente, o país teve apenas três ondas de calor desde 1º de janeiro, e todas foram no Rio Grande do Sul. Atualmente, os gaúchos vivem a terceira.
