Censo IBGE: municípios com mais e menos ensino superior – 26/02/2025 – Educação

São Caetano do Sul, no ABC Paulista, mostrou a maior proporção de habitantes com ensino superior completo entre os municípios brasileiros com população acima de 100 mil pessoas em 2022.

É o que indicam novos dados do Censo Demográfico divulgados nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conforme o levantamento, 48,2% da população de 25 anos ou mais tinha ensino superior completo em São Caetano em 2022 –quase a metade. O percentual corresponde a 59 mil moradores de um total de 122,5 mil nessa faixa etária na cidade da Grande São Paulo.

Por outro lado, Belford Roxo, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, registrou a menor proporção entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil moradores.

Em 2022, só 5,7% da população de 25 anos ou mais tinha ensino superior completo na cidade. Isso corresponde a 18 mil de um total de 314,9 mil.

O Censo contabilizou 319 municípios no país com mais de 100 mil habitantes. No Brasil, a parcela da população de 25 anos ou mais com ensino superior foi de 18,4% em 2022.

São Caetano já teve destaque em outros indicadores do recenseamento divulgados anteriormente pelo IBGE. A cidade figurou, por exemplo, entre as mais alfabetizadas do país. Também mostrou alto índice de posse de bens como máquina de lavar.

Bruno Perez, analista do IBGE responsável pela nova apresentação do Censo, indicou que o fato de São Caetano estar perto da região central da capital paulista ajuda a entender o acesso ao ensino superior.

Ter uma população menor do que outras metrópoles também contribui para um percentual mais alto, conforme o pesquisador.

“É um município pequeno e é muito próximo do centro de São Paulo. Está mais próximo do centro de São Paulo do que muitos bairros do próprio município de São Paulo. Então, nesse sentido, o resultado não é estranho”, disse. Na capital paulista, o percentual com ensino superior foi de 29,9%.

Já as cidades com os piores desempenhos, como é o caso de Belford Roxo, estão na periferia das regiões metropolitanas, apontou o pesquisador do IBGE.

Outros municípios apresentaram resultados semelhantes, segundo o instituto, como Queimados (7,4%) e São João de Meriti (7,2%), no Rio, Santa Rita (7,1%), na Paraíba, Francisco Morato (6,8%), em São Paulo, e Maranguape (6,7%), no Ceará.

“A população com nível superior não reside nos municípios mais periféricos ou mais empobrecidos das regiões metropolitanas”, avaliou Perez.

Considerando ainda as cidades com mais de 100 mil habitantes, o IBGE indicou que Breves, no Pará, teve a maior proporção de moradores sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto.

No município, 61,1% dos habitantes de 25 anos ou mais estavam nessa situação em 2022, o equivalente a quase 30 mil de um total de 49,1 mil. Por outro lado, Florianópolis, capital catarinense, mostrou a menor proporção (13,7%).

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