Mapa ilustrado mostra a evolução dos rios Anhangabaú e Tamanduateí em São Paulo entre 1810 e 2025, revelando algumas transformações urbanas, incluindo o Viaduto do Chá, a Várzea do Carmo e a canalização que deu lugar à Avenida 23 de Maio.
O curso do córrego do Anhangabaú pouco se alterou nos mapas antigos de São Paulo. A situação do Tamanduateí é bem diferente, revelando a intensa intervenção no território da cidade, principalmente nos últimos 200 anos.
Do convento de São Bento era possível avistar tanto o Anhangabaú quanto o Tamanduateí.
O tanque do Zuniga, hoje o largo do Paissandu, fazia parte da nascente do Yacuba, que desaguava no Anhangabaú.
O viaduto do Chá, finalizado em 1892, recebeu esse nome devido às plantações de chá na calha do Anhangabaú.
A Academia de Ciências Sociais e Jurídicas ocupou o convento de São Francisco em 1828. Logo atrás corria o Anhangabaú.
Hoje, o Anhangabaú é conhecido nesse trecho por Itororó e foi canalizado para a construção da avenida 23 de Maio.
A margem direita do Tamanduateí permaneceu desocupada até o final do século 19, quando surgem os primeiros loteamentos.
O trecho sinuoso do rio entre o Porto Geral e a Ladeira do Colégio, conhecido como Sete Voltas, teve sua navegação interrompida em 1848 com a retificação de parte de seu curso e a abertura de um canal paralelo para controlar suas cheias.
A várzea do Carmo foi saneada em 1925, com a inauguração do pq. Dom Pedro 2º. Nele existia uma pequena ilha em um lago artificial no Tamanduateí.
Entre a rua 25 de Março e a várzea do Gasômetro ficava a ilha dos Amores, o quartel-general das lavadeiras.
A região entre o Anhangabaú e o Tamanduateí é parte fundamental da história de São Paulo. Entretanto, apesar de toda a engenharia para domar os rios, basta chover para que suas águas lembrem quem realmente organizou a cidade.
Fonte: “Domando Águas”, de Fábio Alexandre dos Santos; Companhia de Melhoramentos de São Paulo; Google Maps e Prefeitura de São Paulo.
