Pedágio na Dutra será mais caro em horário de pico – 07/03/2025 – Cotidiano

O preço dos novos pedágios no trecho da região metropolitana da rodovia Presidente Dutra será maior em horários de pico e em feriados.

A partir de maio, a estrada que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro deverá ter em funcionamento 21 pedágios de passagem livre pelo sistema free flow, em um trecho de 25 quilômetros entre Arujá e a capital paulista.

A inauguração estava prevista para o primeiro trimestre deste ano, mas vai depender da conclusão das obras de reformulação do trecho da Dutra na Grande São Paulo, ainda em andamento.

Os equipamentos ficarão nas novas entradas e saídas das pistas marginais para as expressas, em construção atualmente.

Pagará pedágio quem rodar pela pista expressa. Se o motorista se deslocar apenas pelas vias marginais não será tarifado.

A definição sobre a forma de cobrança ocorreu agora, após autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), segundo a concessionária CCR RioSP, que administra a estrada federal.

Inicialmente, o valor seria dinâmico, ou seja, aumentaria de acordo com o trânsito, como acontece nas corridas por carros de aplicativo. Mas, pelo menos no primeiro ano de funcionamento, o preço da cobrança será de acordo com horários e dias da semana definidos previamente, e poderá ser maior nos feriados, nos grandes congestionamentos.

“A proposta é fazer gerenciamento de tráfego”, explica Cleber Chinelato, gerente-executivo de tecnologia da CCR Rodovias. Segundo ele, os períodos mais caros foram definidos a partir de dados estatísticos de trânsito na Dutra.

Os valores serão atualizados em tempo real por meio de placas ao longo da rodovia, inclusive com alerta de aquele pode ser um horário com trânsito e cobranças maiores.

Chamada de tarifa programada, as diferenças de preços também serão informadas no site e no aplicativo da rodovia.

Se o valor preço mudar quando o condutor já estiver na pista expressa, ele pagará o preço de entrada.

Chinelato lembra que nos Estados Unidos e em países da Europa já é feita esse tipo de cobrança em vias expressas.

Pelo modelo free flow, em vez de uma praça de pedágio com cancelas, são usados pórticos com câmeras capazes de identificar as placas de veículos em movimento ou o sinal das tags (do mesmo tipo usado em pedágios convencionais e estacionamentos de acesso sem parada).

Para veículos com tags válidas, a cobrança é feita automaticamente pela operadora contratada.

Quem não conta com esse dispositivo colado no para-brisa tem até 30 dias para fazer o pagamento.

Responsáveis pelas rodovias devem criar canais digitais, como sites e aplicativos, ou mesmo locais físicos, para que o usuário consiga fazer o pagamento do pedágio.

Os preços ainda estão sendo discutidos pela concessionária com a ANTT e só serão definidos às vésperas da inauguração, mas devem oscilar em torno de R$ 0,15 por km.

A praça de pedágio tradicional que existe atualmente em Arujá não será desativada. O motorista que pagar tarifa ali (atualmente de R$ 4,40) e seguir para São Paulo sem sair para as pistas marginais não será cobrado pelo sistema de passagem livre. O mesmo vale para quem vai da capital paulista sentido Rio de Janeiro.

Entretanto, por causa do preço maior em determinados horários, se o motorista sair da pista expressa antes do pedágio de Arujá poderá até pagar mais, mesmo tendo percorrido um trecho menor.

Além de pistas marginais, estão sendo construídos três novos viadutos de ligação da Dutra à rodovia Fernão Dias, uma nova chegada à capital paulista por meio de um viaduto ligando a pista expressa à ponte do Tatuapé, na zona leste, e uma nova ligação com a rodovia Hélio Smidt, principal acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Também está sendo feita a ampliação das pistas expressas, nos dois sentidos, entre os km 219 (acesso ao aeroporto de Guarulhos) até o km 231, chegada à capital paulista. O custo da obra é estimado em R$ 1,4 bilhão.

MULTIPLICAÇÃO DO FREE FLOW

Atualmente há três estruturas free flow para cobrança no estado de São Paulo, todas em rodovias estaduais, mas com preços fixos (as estruturas substituem praças de pedágios tradicionais).

O governo de São Paulo projeta até 2030 a instalação de 58 pórticos equipados com o sistema de pedágio eletrônico free flow em rodovias estaduais nos atuais contratos concedidos à iniciativa privada até 2030.

Para 2025, está prevista a instalação de oito pórticos. Um deles será no primeiro trecho norte do rodoanel Mário Covas, estimado para ser entregue em setembro.

Os outros sete serão instalados na malha que abrange as regiões da Baixada Santista, Alto Tietê e Vale do Ribeira.

Até 2026, a CCR rodovias espera não aceitar mais pagamento em dinheiro nas praças de pedágio das estradas que administra, mesmo nas tradicionais, com cancela. As opções serão tags e cartões.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *