SP: árvores caídas em temporal ainda não foram recolhidas – 17/03/2025 – Cotidiano

Cinco dias após a tempestade que causou caos na semana passada, em São Paulo, árvores continuavam nas calçadas, ruas e avenidas do centro da cidade. A maioria estava cortada e os restos, agrupados, aguardando recolhimento pela prefeitura.

Na quarta (12), ao menos 343 árvores caíram na capital devido à chuva, segundo contagem da gestão Ricardo Nunes (MDB)— 321 só no centro e na zona oeste. A Defesa Civil estima que os ventos chegaram a 101 km/h durante o temporal.

Os casos se espalham por locais movimentados, como a avenida São João. Nesta segunda (17), uma árvore de pelo menos quatro metros estava picotada na calçada, em frente a uma oficina. Outra arrancou parte da calçada, e o toco permanecia por lá.

Weliton Vitorino, dono do estabelecimento, diz que desde quinta-feira (13) liga para o serviço de remoção da prefeitura, mas ninguém vem. Ele teme a invasão de ratos em meio aos troncos, que já acumulam lixo.

O cenário se repetia a poucos metros dali, no cruzamento da rua Ana Cintra com a alameda Barão de Campinas, onde galhos se acumulavam no terreno de uma construtora. Os funcionários também afirmaram ligar para a prefeitura, que, sem prazo, diz que mandará equipes.

Há entulho e fios puxados pela árvore. Um gari que trabalhava na via disse que não podia fazer nada, pois somente uma equipe especializada poderia fazer a remoção. Ele, que pediu o anonimato, explicou que o problema está no descarte —o lixo comum coletado por ele será incinerado num aterro, enquanto as árvores não têm o mesmo fim.

Um condomínio no centro também reclama do atendimento no canal da prefeitura. “Na sexta, cortaram e varreram o resto da árvore para a entrada de nossa garagem e deixaram lá. Ligamos hoje, novamente, e a atendente falou que eles abriram um formulário errado e teríamos que entrar no começo da fila de demandas”, afirma Ricardo Naves, que representa o condomínio Transcontinental, na rua da Consolação, na altura do número 368.

Na rua Sabará, no bairro de Higienópolis, as árvores impediam a entrada em prédios residenciais. Isabel Velasco, moradora de um dos prédios, diz que, além da espera para retirada, também foi aberto um pedido para poda de outras árvores na via que perigam cair. Dessa vez a atendente passou um prazo, 120 dias.

O serviço de remoção pode ser requisitado pelo telefone 156, pelo portal SP156 ou na praça de atendimento da respectiva subprefeitura.

Procurada sobre os casos citados, a Subprefeitura Sé diz que o trabalho de remoção deve terminar nesta terça (18). O órgão computa 146 ocorrências de quedas de árvores e galhos nos 25 bairros da região.

“Importante destacar que não há vias obstruídas por conta da queda de árvores. Nas primeiras 24 horas após a chuva de 12/03, as equipes se concentraram nos casos que representavam risco aos munícipes e interdição do viário”, afirma a nota.

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