Um grupo com cerca de 50 mototaxistas protesta nesta segunda-feira (3) contra as restrições na oferta do serviço na cidade de São Paulo.
Os motociclistas se reuniram na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, zona oeste, e seguiram em comboio até a prefeitura. Segundo eles, o plano é ficar no local até serem recebidos por um representante da gestão Ricardo Nunes (MDB).
Houve queima de fogos e buzinaço na saída. Motos da Polícia Militar acompanharam os manifestantes, que falaram palavras de ordem contra o prefeito.
Esse é o segundo protesto desde que a prefeitura iniciou uma briga judicial contra as empresas de aplicativo de transporte que começaram a colocar o serviço em prática no mês passado. A Justiça proibiu o mototáxi na capital no último dia 27. Há um decreto que veta a prática no município.
Os motociclistas também protestam contra a apreensão de motos –as multas são de R$ 7.000.
Policiais militares que acompanhavam a preparação do protesto multaram motos que acessaram a praça pela contramão.
Mototaxistas disseram que quando são parados em uma fiscalização, policiais militares ordenam que eles mostrem o celular para ver se têm aplicativo de transporte baixado e se estão em uma corrida.
O mototaxista Afonso Alves, 29, um dos primeiros a chegar ao Pacaembu, acredita que a pressão vai fazer com que o serviço seja regulamentado.
“A voz do povo é a voz de Deus”, disse.
O vereador Lucas Pavanato (PL) foi ao Pacaembu e instruiu os mototaxistas a entrarem na Justiça para reverterem as multas nas apreensões.
“Nesta semana o tema da regulamentação começa a ser discutido na Câmara”, afirmou.