Lucas Alves Pereira, 18, suspeito de matar a namorada, Ana Carolina Pereira de Santana, 18, se apresentou à Polícia Civil, nesta segunda-feira (24), foi ouvido e liberado.
A Folha apurou que ele confessou o crime, porém, como o período de flagrante havia passado, continuou livre.
“Nesta segunda-feira (24) ele se apresentou com seu advogado e foi ouvido. Após o indiciamento, ele foi liberado, uma vez que o tempo decorrido do crime impossibilitava a prisão em flagrante, à luz do Código Penal”, disse a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
A reportagem não conseguiu contato com Lucas ou a defesa até a publicação deste texto.
“Todas as medidas cabíveis da Polícia Judiciária estão sendo adotadas para a formação do conjunto probatório a ser apresentado à Justiça para a devida responsabilização pelo crime”, completou a pasta da segurança. O caso é investigado pelo 21º Distrito Policial (Vila Matilde).
Ana Carolina foi morta a facadas na tarde de sábado (22), no bairro Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo, no apartamento onde Lucas vivia com a tia.
No dia, vizinhos ouviram uma briga, barulho de algo caindo no chão e uma mulher gritando por socorro.
De acordo com a SSP, a Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou Ana Carolina no chão da cozinha, sem sinais vitais. O Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) também foi chamado e confirmou a morte ainda no local.
Lucas não estava no apartamento quando a PM chegou e a porta teve de ser arrombada. Vizinhos disseram que viram ele fugindo do imóvel. A tia dele não estava no imóvel. No dia, a polícia não conseguiu localizá-lo.
Duas facas foram apreendidas no apartamento. Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal e o caso foi registrado como feminicídio no 31° DP (Vila Carrão).
Lucas e Ana Carolina se conheceram na escola técnica em que estudaram e namoravam havia cerca de quatro meses. Ele havia feito uma publicação pouco antes da morte de Ana Carolina. “Antes vc (sic) sendo infeliz comigo do que feliz com outro”, escreveu.